Metamônica

Lampião e conselheiro na terra da areia e do sol

Metamônica
Cheguei no nordeste que nem um cabra da peste fui correndo pro sertão e arrastei meu pé no chão
Então fui pra cidade me encontrar com Juliana, levar lá pra minha cama pra poder nós se amar
E nois se amô
Já na cidade vi um bando de ladrão, uns de terno e gravata ou de peixeira na mão
Aqui no meu sertão não cai nada do céu, o gado morre de fome e a seca não dá perdão

Morena, minha doce morena
Te levarei nos braços pelo meu sertão
Até lá desenharei no céu o teu nome
E só descanso ao ver água cair no chão

O sertão vai virar mar e o mar vai virar sertão, disse Antônio Conselheiro pro seu brother Lampião
Ele não era louco como são todos vocês, que não param de berrar e nada de resolver
Mas enquanto vocês berram eu vou é pular no mar e de lá nunca sair, viver de me refrescar
Pois eu vou terminar agora o meu cordel, vou pegar minha morena e voar com ela pelo céu
Do sertão

Morena, minha doce morena
Te levarei nos braços pelo meu sertão
Até lá desenharei no céu o teu nome
E só descanso ao ver água cair no chão

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