O monge e a cigana
MetamônicaSão pássaros do meu nunca mais
Tantas mulheres vestindo véus
Suas vaidades são seus cristais
Lendo sortes em palmas de mãos
Ela dançou e sorriu pra mim
Mas eu estava em outra direção
Por outros mares decidi seguir
Vaguei em desertos sem direção
Entre ruínas eu me afoguei
Pra sempre agora as mesmas pedras caem
Dos tantos montes que eu escalei
E eu fugi feito minhas palavras
Que voaram como furacões
Não vieram me acalmar
Trouxeram essas visões
E eu fugi feito as minhas palavras
Voando como furacões
Não puderam me libertar
Das minhas prisões
E agora voam noites sem fim
Até o fim dos meus dias
Pra sempre restarão seus olhos
A tua parte que não se cobria
E agora voam noites sem fim
Até o fim dos meus dias
Tornar a cruz o peso sobre
A tua imagem que do céu pendia
Eu prendo mar, só vem areia
Não tem mais lama no meu manguezal
Só me vem essa eterna noite
Penumbrar minha vida tão banal
Eu prendo mar, só vem areia
Não tem mais lama no meu manguezal
Só me vem essa eterna noite
Penumbrar minha vida tão banal
E eu fugi feito minhas palavras
Que voaram como furacões
Não vieram me acalmar
Trouxeram essas visões
E eu fugi feito minhas palavras
Voando como furacões
Não puderam me libertar
Das minhas prisões