Nene altro e o mal de caim

Eu maior inimigo do meu amigo, inimigo eu

Nene altro e o mal de caim
Eu não tenho tempo.
E afinal, quem é que vai saber dizer o que faz mal,
tentar provar que, no final,
não foi ninguém… não foi nada demais.

Um tiro, um trago, tanto faz.
Eu sou problema e não sou mais só inocência.
E as vezes pago pra errar.

E se acontece sempre algo a mais,
eu juro, eu tento não olhar perdido pro vazio
e não lembrar de mim.

Porque as crianças estão na esquina
trocando doces por cocaina
e eu não suporto mais meu cheiro de suór.

E, se eu quebro meus espelhos
é porque não tem mais nada ali pra mim.

Que quando é escuro,
nuvens mudas choram
pra limpar o sangue das ruas.

Toda noite…

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