Nepentes

Longa estrada curta

Nepentes
Só o som dos meus passos na estrada
Tudo aqui é tão vazio quanto o nada
A vida que eu vejo não há
O som que eu ouço esta em mim
Ninguém esta la pra me chamar
Mas posso ouvir, o passado está em mim

Na estrada deserta que eu andava
Eu ouvia o vento me chamar
O rio quase que cia-vogava
E as arvores tentavam se mostrar

Longa estrada curta caminhada
Longa estrada curta

Então reparo na longa caminhada
Não tive tempo de olhar pra ela
Me encantei com a estrada infinita
E esqueci que eu é que não era
Hoje ouço o vento me chamar
Querendo o resto de vida que ainda tenho em mim

As nuvens pra mim se desenhavam
E o sol sempre vinha me beijar
O horizonte era um desenho abstrato
E eu achava que sabia desenhar

O vento balança, o balanço em que eu brincava
O vento o balanço, o avanço e as magoás
Hoje regresso ao que nao tem data
Não há terra, não há luz
Não há nada

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