Vou na fé

Vou na fé, se preciso a pé
Remo contra maré, seja o que Deus quiser
Quem me vê como um zé, me aplaudirá de pé
Pra fazer minhas história, não precisarei de mané

Preciso de equilíbrio pra driblar, tudo o que vem me incomodar
Estressar, abalar impedindo de respirar
Peço equilíbrio a odoya pra me banhar
Com as águas do mar e me purificar
Guardar os meus pensamentos onde os vermes não alcançam
Para não contaminá-los com o vírus da ganância
Porque com quem não é real, o cuidado é o essencial
No corre do real a cobrança é de mil grau

Paro, penso, analiso, suspiro, respiro
São tantas cobranças, se vacilar eu piro
Eu tenho que fazer valer pros caras crer
Que pra fazer acontecer, só vai depender de você

Sou o mestre da obra, artista como o pedreiro
Pra erguer os pilares com os parceiros
Programado pra atacar tipo neymar
Basta fazer o gol, pra ver meus manos vibrar

Vou na fé, se preciso a pé
Remo contra maré, seja o que Deus quiser
Quem me vê como um zé, me aplaudirá de pé
Pra fazer minhas história, não precisarei de mané
O importante é você saber o que quer
Já que otários não faltaram pra testar a sua fé
Vão soltar piadas, apedrejar pra nos deixar puto
É sinal que estamos dando frutos

Se a cobiça o que tenho é porque estou um passo a frente
Posso dar corda, mas vou ter que puxar lá na frente
Mundo cão, com vários sem noção que não ganha a visão
De estar cavando a cova do próprio caixão

Na mal intenção invadem lares, causam discórdia
Sorrindo fingindo estar trazendo a concórdia
Segue o ditado: Deixa quieto quem tá quieto
Vacilão é aquele que se acha mais esperto

Respeito pelas ruas, se não é barril
A cobrança é nua, depois até quem viu nem dá um piu
Tem que tá mais é que ligado
Saber onde anda pra não pisar em campo minado

Vou na fé, se preciso a pé
Remo contra maré, seja o que Deus quiser
Quem me vê como um zé, me aplaudirá de pé
Pra fazer minhas história, não precisarei de mané