Numismata

Tanta saudade

Numismata
Daqui do ponto onde pairo no espaço
Eu só consigo ver a imensidão azul
E vasta como é vasto o infinito
É a minha solidão

Universos definham e galáxias se engalfinham
E a minha permanência é tão insignificante
Aqui no berço onde as estrelas morrem
O meu coração se apagou

Não vou mais me curvar ante a vastidão do mundo
Não vou mais aceitar o beijo vil da morte
Não vou mais gravitar ao redor do meu umbigo
Não vou mas aviltar a minha própria sorte

Se o silêncio é o que vem em meu auxílio
A minha poesia não tem mais serventia
Longe de você, tudo é um longo exílio
E só mesmo a ausência de gravidade
É o que me faz suportar o
Peso de tanta saudade

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