Teresa
O espírito da coisaMentira desse cara, eu morava em Ipanema, tinha noivo deputado e primo artista de cinema.
Coro: Noivo deputado e primo artista de cinema.
Eu conheci Teresa num baile da polícia, pegava os detetives, trabalhava com perícia.
Mentira desse cara, eu nunca dei pra cana, não vejo o delegado desde que saí da cama.
Coro: Não vejo o delegado desde que saí da cama.
Teresa até que era uma garota legal, um pouco analfabeta, mas hoje isso é normal. Vai ver que tava escrito no horóscopo astral: Teresa, siga o seu instinto animal.
Mentira desse cara eu sou formada na PUC, hoje me dou bem porque aprendi esse truque. Das dez mais elegantes, só ando de new look. Mas eu gosto de homem que tem muque.
Teresa tinha um sonho: ela queria ser chacrete, fez por correspondência curso de mascar chiclete.
É mentira desse cara, eu conheço o Chacrinha, ele é concunhado do avô de uma vizinha.
Coro: Ele é concunhado do avô de uma vizinha.
Teresa tem princípios, menina solidária, eu sustento sua mãe, uma velha sexagenária
Cuidado com o que diz, eu...
Você o que?
Lhe ponho na rua, xingou a minha mãe, eu lhe respondo é a sua.
Coro: Xingou a minha mãe, eu lhe respondo é a sua.
Faz dez anos que casamos na Igreja Batista, as brigas continuam numa interminável lista. O padre disse: "O que Deus une, o homem não separa".
"O que Deus une, o homem não separa".
"O que Deus une, o homem não separa".
Já tô começando a acreditar: são dez anos que a gente se atraca sem se desgrudar
[...]
"Até que a morte nos separe" (separe, separe)
"Até que a morte nos separe" (separe, separe)
"Até que a morte nos separe" (separe, separe)