Oquadro

Seja bem-vindo ao meu lar

Oquadro
Seja bem vindo ao meu lar
Meu universo particular
Mas limpe os pés antes de entrar

Eu me expresso inspirado em fatos concretos
Sou eu, Rans, um espectro do seu intelecto
Manifesto, indigesto, esforço não meço
Falante meditante nunca hesitante circunspectro
Simplificadamente complexo eu infesto
Mentes vazias racionalistas sem nexo
Jab direto cruzado certeiro no plexo
Cuidados te peço com livros que te empresto

Viaturas nas esquinas são como tanques na palestina
Surto de dengue hemorrágica mata mais do que bloqueio israelita a gaza
No meu verso trago raiva
A rima sarcástica é como sacar uma automática
Olhar na cara do safado, imaginar seu corpo deitado no chão
Seu sangue em minhas mãos
Logo penso, e peço a Deus que me livre dos maus pensamentos
E sigo em frente na tranquila
De buzú, cortando a 101 de norte city à sonífera ilha
Pra atrasar meu bonde tem de monte, faz fila
Nêgo veio no meu rastro, ficou na encruzilhada, se perdeu na trilha
Eu amplifico, equalizando os graves e médios do meu ego, dou um brilho
Menos contraste e mais nitidez, a cara fechada não é marra, é timidez

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