Valor de x (parte 2)
OquadroDe onde eu vim, felicidade só com dindin
Arte como meio ou como fim
Mister mainstream, responde essa questão pra mim
Acredito e faço por amor e o que vim é consequência, to nem aí, seja lá o que for
Dinheiro ou a cobrança do tempo batendo na sua porta
Sem trabalho, sem grana, vários vão te virar as costas
Vão dizer: Ahhh nêgo freeza? Maior vagabundo, quer nada!
Engano seu parceiro, eu sei que nada na vida vem de graça
E nem por isso eu sou o último nem o primeiro a acreditar numas paradas que quase ninguém acredita
E nêgo abraça, sabe por que é né? É porque é verdadeiro
Coisa que tu num é, né? Mas tudo bem, tá massa
Faz o seu que eu faço o meu, só não embaça
Que eu to ligado que com tempo o vento passa e leva a máscara
Aí fudeu, vacilão, perdeu, o que tiver de ser, será meu
Mas será isso? Ganhar dinheiro? Ficar barão?
Fazer minha mãe chorar no arquivo confidencial do faustão?
Comer as melhores bundas, só as queimadinhas da plim plim?
Ser o próximo astro convidado de jaime monjardim?
Música no rádio, lotar estádio, champagne no camarim, mil toalhas só pra mim
Mamãe agora eu sou artista, já não posso colar com os caras lá do alto da
Conquista
Esqueça que meu pai foi motorista e que a senhora já vendeu assinatura de revista
Agora sou celebridade, acima de Deus, do diabo, e da verdade
Pense aí os melhores carros, casas, iates, cherokee na garagem
Já troquei de cara e idade, cirurgia na identidade
Compro com respeito card até as velhas amizades
O mau humor espontâneo automaticamente trocado por um sorriso
Instantâneo
Adquira já seu kit fama e o sonho de acordar com uma nova beldade na cama
Eu trago grind core na manga
Enquanto no rádio nêgo espera meu rap com samba