Platônicos e doentes

Platônicos  são fracos
Estéreis
E vazios
Não resistem a primeira prova de verdade
A nenhum ataque de realidade
Se desfazem junto com a imagem pré concebida
Platônicos são mentiras solidas
Muros de fantasia e de apego
Decepção adiada
Coito inexistente e ideal
São só promessas de silencio
Regadas a base de utopias
Platônicos são ligações nunca efetuadas
Entre sintonias imaginarias e ilegíveis
Passadas e repassadas em olhos sedentos de atenção

Terrível é o amor que anseia por pele
Ansioso por embriões de prazer
Querendo devorar  e nunca ser saciado
Esse é o tipo de sensação que nunca é esquecida
De dormir na garganta
Ter como lapide a boca ideal
E se quedar em braços e abraços famintos

Platônicos são só o recalque
A pseudo superioridade
É o sufixo do nada procurando uma denominação
Um lugar pra morrer
Pois platônicos são fadados a morte e a desgraça
Tem apenas o chão como única e maior meta
A decepção é o alimento perfeito
Para amores platônicos e doentes