A casa antiga
Orquestra bagual
Miro os retratos que guardam em suas molduras
Vidas forjadas no modo das gauchadas
Cotidiano campeiro das lidas brutas
Valores que relembro em noite enluarada
Vidas forjadas no modo das gauchadas
Cotidiano campeiro das lidas brutas
Valores que relembro em noite enluarada
Paredes que silenciam ao saber dos segredos
Destes que habitam teu cerne sem suspeitar
Foste guarida pra tantos que traziam medos
Um alicerce seguro a quem se abrigar
A casa antiga fincada neste rincão
Velha morada guardada no coração
Janelas grandes que avistam outros horizontes
Em uma ansiedade que pulsa de um jeito matreiro
Neste rincão escondido de tantos repontes
De portas escancaradas para o mundo inteiro
Busco o legado deixado pelos genitores
Até tapear o chapéu e trilhar outra rota
Um dia giro a maçaneta como os precursores
E crio um lar genuíno onde o amor rebrota
Vida marcada no teto de picumã
Canto que sonha com os ventos do amanhã
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