Insônia
Out of tuneComo é passar todas as noites em claro
Sem poder fechar os olhos
Com medo de te ver?
Pois tu sempre estás lá
(de novo e de novo)
Repetindo a mesma cena
(por que não sai da minha cabeça?)
Aquela que estás me deixando
(me dando as costas ao invés de dar tchau)
Me trocando por um cara qualquer
(estás feliz assim?)
E penso em te ver, e penso em nós
Tu não sabes como é triste
Acordar sem te ter (ao lado)
Não sentir teu cheiro, tua pele, tua boca...
É tão ruim saber
(lembranças inúteis)
Que tu não podes me entender
(gritos lançados ao vento)
E eu que já nem sei como era
(perto de você)
Já não vivo em paz
(por que escrever agora?)
E eu sei que tu percebes
Toda vez que fico mal
(nem toda vez que tu gritar)
Mesmo assim nunca me socorres
(a ajuda do céu virá)
Eu não tinha mesmo esperanças disso
Mas quero te ter, e quero demais
Tu não sabes como é triste
Escrever para que nunca te entendam
Palavras inúteis que não deveriam sair de minha mente
Não espere nada de mim
O passado não cansa de brincar
Ah, olhos dissimulados,
Sem dúvida perfeitos
Momentos que jamais voltarão pra mim
Não se engane, por favor,
Quanto ao que digo ou escrevo
Não sou tão melodramático assim
(onde estão)
As velhas ‘frases engasgadas’
Que habitavam no meu peito?
E me chamam de louco
Mas sofri para que lembrassem
De todas aquelas malditas experiências
E do que fica para trás sem volta
Será que ainda sou
Imutável quanto aos desejos
(da tribulação)?
Sei que em mim há mais do que orgulho
(essa canção)
Acumulado no vazio que tu deixaste
(em meu coração)