Paulo andré barata

Tronco submerso

Paulo andré barata
Tudo o que eu amei estava aqui
Do chão batido à cuia de açaí
Por isso não cantei Copacabana
Ainda que ela fosse tão bacana
No brilho dos postais que eu recebi

Tudo que eu amei estava aqui
Da mão de milho ao pé de miriti
E assim não falei da Torre Eiffel
Dos perfumes de Chanel
Nem do céu azul do Tenesse

Desculpe meu irmão meu canto agreste
Nutrido do jambu que não quisestes
Manchado de tijuco e de capim
Perdoa por favor meu pobre verso
Um tosco tronco submerso
No rio sem nome que se vai de mim

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