Prana

A valsa do cupido, esse sacana

Prana
Fala, desabafa, diz-me que tens, meu amor
Não te feches nesse beiço glacial
E lá dizes que sou eu a causa de toda essa dor
Que se continuar assim, vai acabar mal
Vou ouvindo feito pedra
Sem conseguir reagir
Que sou bronco, infantil, um anormal
Já consigo adivinhar o choro que vem a seguir
De onde veio tudo isto, afinal?

Quanto tudo fica tenso e tu invades o que eu penso
Mas eu juro que nem penso em mais ninguém
Ficas triste e eu cansado
De coração amuado
Para quê tanto quando eu só te quero bem?

Lembro-me do tempo em que um simples olhar
Trocava mais palavras do que eu já li
Mas isso era outrora e o que custa agora
É fazer-te calar e dizes que eu disse
E nem lembro o que disse e nem sei
Do que estás a falar!

Quanto tudo fica tenso e tu invades o que eu penso
Mas eu juro que nem penso em mais ninguém
Ficas triste e eu cansado
De coração amuado
Para quê tanto quando eu só te quero bem?

O amor é uma cama
Feita de pedras e lama
É o que há de mais negro em nós
É um forte percevejo
É o lado mau de um beijo
É uma valsa dançada a sós

Quanto tudo fica tenso e tu invades o que eu penso
Mas eu juro que nem penso em mais ninguém
Ficas triste e eu cansado
De coração amuado
Para quê tanto quando eu só te quero bem?

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