Raiva
PranaÉ uma prenda enfim,
Que ofereço só a mim
E aceito com agrado.
Raiva é saudade de tudo o que nunca foi teu
É um tesouro achado,
Que estimo e que guardo,
Como se fosse meu.
E não tens de a esconder,
Quando ela vem,
Porque a raiva só é má,
Quando a alma é má também.
Porque a raiva só é má,
Quando a alma é má também.
E a raiva não dá murros,
Não dá turras nem pontapés,
Quem a tem sempre a experimenta,
Dos 8 aos 80 e de lés a lés.
Porque a raiva não é feia,
Não é crime nem é pecado,
É uma fogueira ao frio,
Uma santa com feitio um bocadinho ao lado.
E não tens de a temer,
Quando nada corre bem,
Porque a raiva só é má,
Quando a alma é má também.
Porque a raiva só é má,
Quando a alma é má também.
Deixa toda a tua raiva em mim!
Deixa toda a tua raiva em mim!
Deixa toda a tua raiva em mim!
Deixa toda a tua raiva em mim!
E se caso com a alma,
Não distingo o mal do bem,
Guarda longe essa raiva
Antes que mates alguém.
Guarda longe essa raiva
Antes que mates alguém.