O viajante
Pylla
Existe em mim um viajante
Eterno aperto dentro do peito
Que me trava a língua
Me seca a boca
Me cala o grito
Numa viagem louca
Eterno aperto dentro do peito
Que me trava a língua
Me seca a boca
Me cala o grito
Numa viagem louca
Esse viajante as vezes me confunde
Penso que veio ao mundo no dia que vim
Em outras sinto que chegou aqui
Bem antes de mim
Passando por caminhos secretos
Trilha escura e enganosa
E matas fechadas ou em desertos de areia
Esculpidas nas pedras pela face infantil do tempo
O viajante anda sozinho
Seguindo uma canção incerta
Nas asas do vento norte ele vai cavalgar
Acenando a Deus
O viajante vai partindo
Seguindo a canção procurando um coração
O coração de um porto onde possa atracar
Queimem meu corpo
Apaguem as chamas
Joguem as cinzas no ar
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