Demônio que sonha
Rafael albuquerque
Andando pela rua
Sem pensar em nada
Olho para o céu
E eu não sinto nada
Me sento num banquinho
Que lembra a minha infância
O quanto eu corria só
Da alma ao corpo, uma lembrança
Eu nunca me esqueço
Dessa história estranha
Onde sumo e apareço
Como um demônio que sonha
Andando pelas ruas
Sem ter o que fazer
Esquecer do passado
Mas ele insiste em me bater
Ontem eu chorei
Hoje tento libertar
Alcançar a plenitude
Sem ter que me matar
Andando pelas ruas
Que agora não são mais
Asfalto sobre terras
De histórias atuais
Me assustava ao encontrar
Aquele homem de terno
Eu voltei inteiro
Quando cheguei daquele inferno
Eu nunca me esqueço
Dessa história estranha
Onde eu sumo e apareço
Como um demônio que sonha
Andando pelas ruas
De onde eu renasci
Eu conto os meus segredos
Pra alguém que nunca vi
Ontem eu chorei
Tinha ninguém por perto
Quero a felicidade
E não voltar praquele inferno
Eu nunca me esqueço
Dessa história estranha
Onde eu sumo e apareço
Como um demônio que sonha