Naquele dia
Raineri spohrFicou tão triste, tão profundo meu olhar
Rolaram lágrimas sentidas pelo rosto
E até o sorriso resolveu me abandonar
Restou o assombro do silêncio e a solidão
Peito vazio, rancho tapera e poesia.
E a lua cheia lá no alto, florerita
Com tua ausência pareceu estar vazia.
Na lividez da noite longa, o abandono.
Perdendo o sono, vi o luar trocar de ponta.
Naquele dia nem o sol nasceu tão forte
Pois do sereno do meu pranto não deu conta.
No teu semblante pude ver, meu bem querer
Que voltarias pra esquecer aquele adeus.
Porém minh'alma sem aguada dos teus olhos
Passar a sede, ressecando os lábios meus.
Com o silêncio aprendi na tua espera
Toda saudade é pra quem parte e pra quem fica
Quando a distância traduziu nosso destino
Aqui estavas de chegada, florerita
E junto a ti, vi meu sorriso retornar
A lua cheia sem lugar pra solidão
Amanheceu e o sol brilhou intensamente
Ao ver-te linda, de retorno pra o rincão.
Na lividez da noite longa, o abandono.
Perdendo o sono, vi o luar trocar de ponta.
Naquele dia nem o sol nasceu tão forte
Pois do sereno do meu pranto não deu conta.
No teu semblante pude ver, meu bem querer
Que voltarias pra esquecer aquele adeus.
Porém minh'alma sem aguada dos teus olhos
Passar a sede, ressecando os lábios meus.
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