Ro goethe

Apenas fingindo ser criança

Ro goethe
Muitas vezes não sei o que quero
Deixo meu corpo se expressar
Se o coração quer aventura
Eu dou amor a carne
Se ele quer ternura
Sente dor, morde ou late.

Correr de mãos dadas
Gritar pelas ruas nas madrugas escuras
Rir de tudo que desagrada
Sentir cada curva
A textura do teu corpo.

O rosto de anjo, bebê
Só reflete meu lado ainda criança
Eterno garoto cheio de esperança.

Cedinho vou embora sem me despedir
Mas sei muito bem que irei sentir
Mais tarde quando não estiver
Aqui enrolando meu cachos,
Devorando-os no olhar
Lembrando-me:
O quanto foi bom ser criança.

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