Caso, lua e acaso

Foi quando? Foi onde?
Só senti que tudo foi tão perto
No nu da lua, das ruas
Nas esquinas dos labirintos de nossos sedentos peitos
Criando leitos
Seguindo a constelação de Cão Maior.

Perdendo a rotina lenta
De querer perder e ficar só
Somente só
Minto em gritar que dor é dó
Somente só
Porque o meu melhor é o meu pior?

Fez tudo, fez o mundo
Fez transformar as estrelas em mero pó
De vida, de ira
Da isca perfeita para os feixes das luzes
Dos olhos
Talvez dos óculos
Que refletem os segredos da alma
Pedindo esquente minha calma
Pois, a noite somente pede a nós.

Somente a nós
Ouçam cada sussurro, cada voz
Somente nós
Comemos o delicado da lua nova
Comemos o molhado da lua nova
O doce do acaso é bem melhor.