Rodrigo cruz

Pé de feijão

Rodrigo cruz
O céu se encheu de nuvens fugidas de uma oração
No ar do sertão já não nascia mais pé de feijão

Os pés sofridos iam lá fora pra ver sangrar
A chuva que caia do céu, gota a gota vinha o chão molhar

Passará quando o sertão virar mar e todo branco virar peixe
Só não posso esperar tanto assim

Ai de quem não viver pra poder ver
O homem trazendo a água
Matando a sede
Nesse dia todo verde vai surgir

Que coisa mais linda de se vê
Num mundo tão cruel
A fonte imaculada do céu
Trazendo a justiça divina
Enchendo o balde da menina
Que tem sede mais não tem lagrimas pra chorar

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