Rose nóbrega

Meninos diamantes

Rose nóbrega
Olhem esses meninos audazes no areal!
Triste ilusão que perseguem nas ruas
Encontram nas paredes sombras todas nuas
São galhos em um vendaval

Toda noite correm atrás de um carrossel
No lodo saciam suas bocas esquecidas
E vem a escuridão temida
Transbordam sentimentos alagando suas vidas

Tornam a alma brasa, que incendeia os lares
Alucina os bares nas negras madrugadas
Infância? Pouca e sem casta
Inocência? Dores nefastas!

E suas mãos, quem as alcançam?
Quem são? Ocultas crianças
Soterram no areal sonhos lacrados
Meninos diamantes, rotos brilhantes
Estilhaçados pelo nosso mal

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