Se não fosse o poeta
Rose nóbrega
Quando a mágoa é tanta, fecha a garganta
Exala pelos poros e cai branda dos olhos
Pelo rosto insiste
Escorre nos lábios, triste, até o coração calar
E num momento imune
Ela transpassa o lume de todo penar
Exala pelos poros e cai branda dos olhos
Pelo rosto insiste
Escorre nos lábios, triste, até o coração calar
E num momento imune
Ela transpassa o lume de todo penar
E o poema se faz em lamentos por paz
Sutil realeza, âmago da dor
Na alma, divina festa
Doce deleite a aura do amor
Quão feia a tristeza, se não fosse o poeta
Que guarda num manto o sagrado pranto
Letras de matiz beleza
Que fazem encantar
Encantar em um cantar
Que fazem encantar
Encantar em um cantar
Cantar e encantar
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