Pássaro livre
Sérgio rojo
Parar no pôr-do-sol e assistir à lua
Ouvir o sabiá em toda a sua ternura
Correr entre os pinhos sem qualquer canseira
Pegar o caminho que me der na telha
Levar o meu corpo em direção ao sol
Mas não encontrei o meu farol
Ouvir o sabiá em toda a sua ternura
Correr entre os pinhos sem qualquer canseira
Pegar o caminho que me der na telha
Levar o meu corpo em direção ao sol
Mas não encontrei o meu farol
Vou procurar esse lugar sem qualquer alma impura
No qual se encontra, intocável, a cobiçada cura
Estilhaços nessa mata escura
Que abriga algo além de tanto algor
Criaturas prendem os meus pés no chão
E tento correr para longe da escuridão
(Para o mais longe que eu puder)
Vou procurar esse recanto que me deixa alegre
E dispensar todo esse medo que me segue
E elimina a tal esperança do meu coração
Mas os caminhos não dizem se são sim ou não
E as estrelas não apontam uma direção
Talvez a solução seja voar como o sabiá
Como um pássaro livre, encontrar o meu lugar
(Voe o mais longe que puder)
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