Several

Hiroshima

Several
10 minutos, em contagem, gritam no despertador.
Ata os nós em teus cadarços, tua gravata, rápido!
Rarefeito, sem defeito, é o ar e o que não podes mais ser.
Da primeira à quinta em dois segundos, corta o transito.

Perseguição voraz, não importa quão veloz o carro está.
Como espiral contínuo, descendente, faz o teu caminho estreito.
E se revela quando começa a te esmagar o peito.
Revigora seu momento mais critico elevando tudo ao ar. Aaa...

Mais um andar que se desfez. Destroça o seu pilar.
Pra não cair às vezes tenho que amputar os dedos dos meus pés.
Se eu explodir junto a você, recolha tudo que sobrar.
Não deixe à vista que sou parte de Hiroshima.

Onde está o amanhecer?
Dê a si outra chance de estar aqui, vislumbrar o tempo à solta.
Volta e diz que isso não é parte do "imperfeito-tolerável"
Está bem claro aqui o que não pode mais voltar. (Voltar...)

Bombas caem no escritório datando o final do mês.
Acidez em suas entranhas, junto à falsa lucidez.
Nunca deixe escancarados seus anseios mágicos.
Pelo cheiro proliferam problemas sarcásticos.

Sem estrutura que agüente o tranco o desgraçado surta
Em meio aos dias longos dessa vida curta.

Onde está o amanhecer?
Dê a si outra chance de estar aqui e vislumbrar o tempo à solta.
Volta e diz que isso não é parte do "imperfeito-tolerável". Está bem claro aqui o que não pode mais voltar.
Não há mais... vestígios pelo chão... mais uma vez.

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