Caboclo triste
Silveira e silveirinha
Numa tarde de abril do céu lindo azulado
No seringal do Amazonas vi um caboclo magoado
Chorando da triste sorte perguntei do seu passado
No seringal do Amazonas vi um caboclo magoado
Chorando da triste sorte perguntei do seu passado
O caboclo respondeu: seu moço tô desprezado
Eu tinha vinte e um anos, um rapaz .......
Pra deixar o Ceará, lugar que eu fui criado
declamado:
(Lá deixei Maria Flor que era meu bem amado
E pro nosso casamento deixei tudo combinado
E vim cá pro Amazonas pra ficar rico e afamado
Deixei a minha mãezinha com quem eu tinha cuidado
E vim cá pro Amazonas que é um lugar desertado
Me decaí com doença gastando o que foi ganhado)
Trabalhei vinte e dois anos sem ver o resultado
Dinheiro pra mim voltar não achei nem emprestado
Não vejo a minha mãezinha e Maria meu bem amado
Eu sei que chegou meu fim, fim de um desaventurado
Já perdi todas as minhas forças, já tô véio acabrunhado
Só espero deste mundo é o meu fim determinado
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