Eu vou contar uma história verdadeira
A história de um caboclo de muitíssima coragem
A história de um caboclo de muitíssima coragem
Enfrentou os “coroné”
Não perdeu a viagem
Sua cara de matuto
Sem ter medo de doutor
Foi num tempo de pirraça
Em que o vento assobiava
E o botão da lua nua com seus olhos clareava
Eu vou contar uma história verdadeira
A história de um caboclo de muitíssima coragem
Acontece que lá
Um vampiro que já
Era dono de todo o latifúndio que há
Eu vou contar uma história verdadeira
A história de um caboclo de muitíssima coragem
Na capoeira mata um
Na justiça do terreiro
Enfrentou o tal vampiro
Se tornou o verdadeiro
E agora todo o povo canta a lhe agradecer
Beira mar, beira mar
Eu pergunto, tu respondes
Beira mar, beira mar
Carcará mira de longe
Beira mar, beira do rio
Resposta: Carcará
Na caatinga do sertão
Resposta: Carcará
A riqueza dos humildes
Resposta: Carcará
A pobreza do patrão
Resposta: Carcará
Se justiça fosse árvore
Resposta: Carcará
Eu deixava ela crescer
Resposta: Carcará
Depois colhia os seus frutos
Resposta: Carcará
Não deixava padecer
Resposta: Carcará
Mãe, me ensina a viver
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