Lamento dos degolados
Teko porã
Vem da noite escura da alma
Do negrume dos mortais, ó Deus
O lamento dos degolados
Ancestral, infinita dor
De um passado soterrado em mentiras e clamores vãos
Segue a procissão dos assassinos
Crucificando em teu nome meus irmãos
Ó Deus
Do negrume dos mortais, ó Deus
O lamento dos degolados
Ancestral, infinita dor
De um passado soterrado em mentiras e clamores vãos
Segue a procissão dos assassinos
Crucificando em teu nome meus irmãos
Ó Deus
Maldito seja o ferro em brasa
Santo minério convertido em grilhão
Em cela e alçapão
Miséria e solidão, ó Deus
Que não se esqueça, e não mais se aconteça o horror
Liberdade
Enforcada, escravizada, torturada, estuprada pela mão que beija a cruz
Ó luz do céu, brilhai em nós
Espadas e cavalos, cachorros encarniçados p'ra na mata nos caçar, ayay
Um lenço p'ras vergonhas, sua má-fé, sua peçonha para a mente aprisionar, ayay
Mas gira a roda viva do samsara e os mortos vão gritar
E viva, acesa a chama da vida que jamais se apagará
Nhanderu, nZambi, Ogun
Ayayayaya, mãe terra
Tenho meu canto p'ra te defender
Tenho meus ossos, meus anéis e meus remorsos
Tenho mãe, não tenho pai
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Discografia