Theatro das sombras

As asas da pretensão

Theatro das sombras
Amanheceu e os meus olhos não descansam,
meus tolos sonhos não me abandonam,
nem eu os deixo ir...

É comum dias assim,
comum esta pretensão,
comum a queda toda tarde
e noite a fora...

Quisera poder abandonar meu coração,
deixar de me importar,
errar e não errar e dormir em paz,
abandonar as asas e esquecer o pesadelo...

Mas onde se pode encontrar refugio,
seguro e conformado com a verdade?
Não é mais seguro sonhar nem acordar...

Impulsiono as asas da pretensão,
deixa ela voar sozinha,
eu não existo mais,
eu não penso mais,
eu não durmo mais.

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