Do político
Thiago amud
Tenho muita pena do político
Que é possuído por metal envenenado
Precisa de um séquito, é tão raquítico
Borra de medo feito um coitado
Que é possuído por metal envenenado
Precisa de um séquito, é tão raquítico
Borra de medo feito um coitado
Quebra a colunata da política
Faz uma torre de babel sem espinhaço
Carece de máscara, remói a crítica
Num arremedo de homem de aço
Tenta amaciar o travesseiro
Mas tem vergonha do anjo da guarda
No meio da noite rosna o perdigueiro
Em pesadelos a verdade o acovarda
Quando ele acorda, deixa a cabeça
No gabinete com seus assessores
Assim não se recorda de nenhuma promessa
Que levou na conversa uma porção de eleitores
Imagino giros infelizes
Depois do fim de sua vida longeva
Entre burocratas, banqueiros, juízes
Um bando de capacho do rei da treva
Tenho muita pena de nós todos
Quando nós somos quase iguais a ele
Quando amamentamos com nossos engodos
O lobo que há debaixo de nossa pele
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