Remição da flor
Thiago amud
Dá-se a flor: Corola, cor
E essência
Dádiva de puro amor
E urgência
Pois sua existência não
Demora
Tem a mesma duração
Do agora
Quem tem a respiração
Precária de muito querer
Calará
Quando a flor morrer
E essência
Dádiva de puro amor
E urgência
Pois sua existência não
Demora
Tem a mesma duração
Do agora
Quem tem a respiração
Precária de muito querer
Calará
Quando a flor morrer
Ah, se o tempo (e não a flor)
Caísse
E a inocência do penhor
Saísse
Ah, se houvesse a remição
Do impasse
E o jardim dessa aflição
Fanasse
Quem faz da imaginação
O orvalho de todo porvir
Cantará
Quando a flor se abrir
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