Faço valer a pena (part. dalsin)
Thiago skpTupac morreu, porém vive em holograma
Fomos longe, tamo perto de acabar
Uns lutam pra viver, outros vivem pra lutar
Uns choram por não poder, outros nem podem chorar
Um monte quer ser rei onde tem pouca coroa
Nesse mundo nome vale mais que sua pessoa
Os que levaram a ideia são os mesmos que trazem
Aquilo que criticam exatamente o que fazem
Madrugada gelada, na seda eu vejo a paz
A noite a fria, os corações são mais
Minha rima aquece, mesmo não sendo fogo
Se o jogo não virar, vou pra cima, viro o jogo
Na raça, na vontade, igual moleque na peneira
Que amarra os seus sonhos no cadarço da chuteira
Um soldado focado, treinado, que honra bandeira
Dedicado, aplicado, preparado na trincheira
Foda-se o que dizem, no trabalho pego firme
Uns querem vestir a 10, eu quero entrar no time
Sem discurso pronto, eu prefiro ser verdadeiro
Quero que o time ganhe, melhor ainda eu de artilheiro
Depois de da uma bola, cada letra é uma bala
Os problema na sola, eu escrevendo na sala
Não vai ser com a cola que minha boca se cala
Passou no quebra mola, meu som no porta mala
Quero o rap até na escola, rumo ao topo a gente escala
Deixa eu arrumar minha gola que hoje a noite é de gala
Sem problema, sem dublê, só eu na cena
Cê paro pra me ouvir? faço valer a pena
De são paulo a minas nas rima, tem quem acredita
Que ouve o som e diz "porra esse skp é zica"
Num dei mole perante a situação
Eu abri várias mentes, mas fechei meu coração
Mostrar que a qualidade não é questão de opção
Que o papel aceita tudo, o meu ouvido não
A essência ta acabando, eu to lembrando inclusive
Que enquanto a gente viver a essência ainda vive
Alguns vão perguntar, rezando para que o som para
"skp e dalsin, po quem junto esses cara?"
Pra gente é diferente, toda chance é única
O que vende é le le le, mas isso pra mim não é música
Música é mensagem, conteúdo inteligente
Vocês querendo ou não, vão ouvir falar da gente
Sente a pancada nas oreia dos maloca que chego
Ecoando mais que bombinha estourada nos corredor
Entupindo as boca de trapo de muitos que praguejou
Cada letra é uma bambuzada na lata de quem recua
"os menino é fogo na bomba deus, peso na balança"
Minha presença deixa tenso o sistema de segurança
Sou cria, sou bicho solto, se cala enquanto eu falo
Sei que quando da as costas vai dizer que eu sou folgado
Bombojato, olhar baixo, sente o drama, vai vendo
Salve, dalsin chego nego, então fala memo!
Do triangulo mineiro até chegar em são josé
Na herança eu trago a fibra dos barão do café
São vários corre, uma vida, respeito nego de esquina
Tem quem faz peso na banca e quem só veio entra na fila
Pelos calo que estourou na mão de minha mãe
Essa é pra estourar nos fone, pique tampa de champanhe
Que vem na oreia, celoco, do nada sobe pro côco
Vira um baguio meio loco, vai se espalhando no corpo
Coração bate rap, frio no estomago é o céu
Meu revertério é o flow, vomito as letra no papel
Plew plew plew pra quem ficou na boca de história triste
Crew crew nunca somou cultura na minha playlist
Desiste, torce a boca jão, passa batidão
No lado de ca da dutra o bagulho é mais doidão
Quebro rótulos com a força da paulada desse rap
Bagulho soa lindo na oreia dos moleque
É mais que cash no fim de semana, balada
É o poder de poder bem mais longe com a palavra
No final eu vou ta lá observando o barato lindo
A multidão cantando em coro, meu povo sorrindo
Por essas fita que nasci, que continuo indo
Auto forte, sou rap, vale, audio clandestino