Tirando balda
Walter moraes
Fui me vendo aos pandarecos pelo barral da mangueira
Numa fria sexta feira de garoa acinzentada
Meu chapéu vertendo água e as bombacha num charco
O lombo do potro um arco lindo pra gineteada
Se veio querendo briga bufando e dando pataço
Mostrei o pulso e o braço do taura que tem forquilha
Deixei de lado as encilhas saltei pra o lombo de empelo
Saio deitando o cabelo com as rosetas na virilhas
Numa fria sexta feira de garoa acinzentada
Meu chapéu vertendo água e as bombacha num charco
O lombo do potro um arco lindo pra gineteada
Se veio querendo briga bufando e dando pataço
Mostrei o pulso e o braço do taura que tem forquilha
Deixei de lado as encilhas saltei pra o lombo de empelo
Saio deitando o cabelo com as rosetas na virilhas
Pra tirar balda de potro não importa o tempo feio
Se é no pelo ou no arreio qualquer jeito se arrocina
Trouxe de berço esta sina quando encilho quebro o cacho
Se o mundo virar pra baixo fico grudado nas crina
Dava pulo corcoveando me levantando pra o céu
Fui perdendo o meu chapéu e as rosetas campo a fora
Domador não se apavora com caborteiro sotreta
Fui cravando nas paletas o que sobrou das esporas
Quando chegou na restinga parou e ficou estaquiado
Com o couro todo lanhado mais bravo que mamangava
Saiu costeando as aguadas com jeito de traiçoeiro
Voltou juntando os terneiro, reconheceu quem mandava
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