A triste contenda
Zava
Perdi inteira noção da minha direção, quando travei a batalha entre eu e eu.
Confuso, o tempo oscilava até se desfazer, a ponto de converter o dia a virar mês.
Preparar, apontar, e ao me ver, atirar todas as cartas na mesa. O que você tem?
Como um jogo de espelhos a desmascarar, eu me deparo no escuro e o que se vê?
Confuso, o tempo oscilava até se desfazer, a ponto de converter o dia a virar mês.
Preparar, apontar, e ao me ver, atirar todas as cartas na mesa. O que você tem?
Como um jogo de espelhos a desmascarar, eu me deparo no escuro e o que se vê?
A triste contenda entre eu e eu.
Em um labirinto estou cego.
O esmaecer do silêncio, logo não tardou.
Tragado em desespero, perdi a razão.
Sem tato não percebi alguém a me ferir, e constatei não ser forte como forjara ser.
Preparar, apontar, mas não saber atirar.
Um fim apático e triste para concluir:
A guerra se definiu, sem poder evitar a solidão atacar e me render.
Na triste contenda entre eu e eu.
Meu corpo imóvel, prestes a cair e sumir.
Na triste contenda, não sei quem sou eu.
Nem tudo o que tinha.
Nem tudo o que era.
Eu nunca existi.
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