Homem da roça
Antoninho da fronteira
Meu amigo lá da roça
Escute, preste atenção
Vê o que fala o Antoninho
Amigo do coração
Se quiser mudar de vida
Ou mudar de profissão
Primeiro se informe bem
Tenha boa informação
Para não se arrepender
Talvez chorar amanhã
Meu amigo da lavoura
Que produz alimentação
Eu não quero te julgar
Não é esta minha intenção
É que eu vivo na cidade
Conheço bem a questão
Não vá na conversa mole
Isto é pura ilusão
Aqui também se trabalha
Pra poder ganhar o pão
Meu amigo da lavoura
Homem simples da nação
Sei da tua dificuldade
E dos teus calos nas mãos
Mas não venha pra cidade
Enfrentar a poluição
Diminui tua liberdade
Vai aumentar a inflação
Vai ser escravo de um relógio
E ser mandado de um patrão
Meu amigo e companheiro
Meu patrício meu irmão
Cuide bem da tua terra
Da tua nobre profissão
Pegue num cabo de arado
De um trator a direção
Cultive bem tua terra
Cuide bem tua plantação
Que mais cedo ou mais tarde
Tu vai me dar razão.