Pobre de dinheiro, mas rico de amizade
Antoninho da fronteira
Nas minhas lidas campeiras
Eu sempre tive certeza
Me criei em campo largo
Muito longe da tristeza
Tomava água em porongo
Lá nas fontes camponesas
Eu gosto de cantoria
Se eu tenho categoria
Isto é dom de natureza.
Desde pequeno que eu canto
Desde o tempo de inocente
Eu faço os versos na hora
Pra isto eu sou competente
O cantar deste gaúcho
É um cantar bem excelente
Deixa as crianças sorrindo
Acorda quem está dormindo
Alegra quem está doente.
Em todo lugar que eu passo
Eu deixo muita amizade
Eu gosto da velha guarda
Mas também da mocidade
Vou pedir pra Jesus Cristo
Que é o pai da caridade
Que dê forças aos inocentes
Dê saúde aos doentes
Aos presos dê liberdade.
Eu me criei na campanha
Muito longe da cidade
Ó minha gente eu sou pobre
Mas sempre falo a verdade
Olha dentro do meu rancho
Existe felicidade
Eu digo ao Brasil inteiro
Eu sou pobre de dinheiro
Mas sou rico de amizade.