Bonifrate

Antena a mirar o coração de júpiter

Bonifrate
É fundamental deixas as outras pessoas
Arrancarem pedaços meus, enterrarem no
Fundo dos quintais da mente ou injetarem
Os olhos neles. Ungirem todo com manteiga
De garrafa, oferecerem ao demônio criador
Particular que coexiste ali com uma ideia
Sobre a revolução de 30, uma dor de dentes
Ou tudo o mais.
Mais plano.
Mais pleno.
Mais alta a pluviosidade nos artificiosos
Brejos da alma.

Então arranque pedaços meus. É quase
Certo que eu não vou morrer de poesia.
Então arranque pedaços meus. E deixe só
Uma antena a mirar o coração de júpiter.

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