Buck jones

Pobre lúcia em queda livre

Buck jones
Amor!...
Turvando a visão e o pensamento entorpecido
O azul do céu, vibrante, invadindo os olhos
E o corpo ganha asas em delírio de contentamento
Enquanto a tinteiro segue deixando borrões
Alça vôo ao firmamento sem duas vezes pensar
Deixa tudo pra trás, pois nada mais tem valor
E os diamantes cada vez mais próximos...

Mas as flores enormes começam a morrer
E entre manchas negras o arco-íris a esvanecer...

E pobre da Lúcia, não havia pára-quedas
Agora que as asas queimam e os diamantes se foram
O mata-borrões não pode livrá-la dos erros
Nem há anjo para ampará-la
Agora que o solo está cada vez mais próximo
Não vê aquele rapaz pronto para aparar sua queda em seus braços
Só lhe aguarda o chão...

E agora que a poeira se vai e não há mais beleza ou sorriso
E Lúcia, abandonada aos vermes, sangra de olhos abertos
Uma última lágrima escorre como prova de sua descoberta
Ao derradeiro momento pôde ler o real nome do Destino dos homens
Amor...

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