Sábado
Cainã (morador do mato)
Ele estava tão preso dentro de casa
Que sua mãe lhe perguntava o que fazer
Revoltava-se com a indisposição
E os amigos no portão queria ver
E dentro do coração sentia arder
Que sua mãe lhe perguntava o que fazer
Revoltava-se com a indisposição
E os amigos no portão queria ver
E dentro do coração sentia arder
A dor de um tédio sem remédio
E um sábado sem solução
Procurava entre as roupas que comprou
Um motivo e não achou, pra se esquecer
Todos fora e a cidade sem ninguém
Gritou mas não tinha quem pudesse ouvir
A dor de um tédio sem remédio
E um sábado sem solução
Sua casa o olhava sem parar
E a vontade de quebrar tudo cresceu
Madrugada, já cansado se rendeu
Conformado como eu, gritou também
A dor de um tédio sem remédio
E um sábado sem solução
A dor de um tédio sem remédio
E um sábado cantado em vão
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