Contra-canto
Canto cegoNão deixe que te parem
Notícias foram feitas pra assustar
Contra-voz
Os processos são bem frágeis
Coragem é moeda pra multiplicar
A corrida não amarga, se for pra agregar vontades
(Querem tapar os erros
Passaram sabonete nas letras
Na intenção de lavar as línguas
Para que o povo se acostumasse
Ao gosto azedo do detergente)
Passaram álcool nas palavras
As bocas secas não conseguem argumentar
Quero coagir os covardes atrasos
Vamos reagir à hostilidades com afetos fartos
Corre mais!
Só não deixe que te calem
Discursos foram feitos pra cansar
Contra-voz
As revoltas serão ágeis
Coragem é moeda pra multiplicar
A estrada não embaça se for pra acumular verdades
(Nos vales das letras
Deixaram acumular um pouco de alvejante
Tudo engasgava, tossia, lacrimejava,
Enquanto tapavam os buracos da nossa necessidade)
Passaram álcool nas palavras
As bocas secas não conseguem argumentar
Quero coagir os covardes atrasos
Vamos reagir à hostilidades com afetos fartos
Passaram álcool nas palavras
As bocas secas cospem fogo sem parar
Quero coagir os covardes acasos
Vamos reagir à hostilidades com afetos fartos