Canto cego

O dono da ordem

Canto cego
De longe os disparos
Eu sigo o seu atalho
A praça está em claro
Agora somos mais

Adrenalina estala
A fuga está armada
Caímos na emboscada
O tempo se desfaz

Soa impossível, soa, soa
Soa ensandecido, soa, soa
Fogueiras no asfalto
Pedra nos vitrais

Soa estremecido, soa, soa
Grita arrependido, soa, soa
Centelhas e faíscas
Quem vai morder a isca?

Me encontre no redemoinho
Me abrace até o final
Vejo a flor, mas só sinto o espinho
Arranhando a voz do jornal
As gravatas tem cheiro de guerra
Chamam a desordem mundial
Minha força é pequena, mas berra
Por algum sentimento real

Em plena avenida
O apelo invade a ordem
É farda contra afeto
Reféns da própria sorte

A rua é o motivo
De ainda estarmos vivos
A metrópole dos egos
Já não faz mais sentido

Soa impossível, soa, soa
Soa ensandecido, soa, soa
Fogueiras no asfalto
Pedra nos vitrais

Soa estremecido, soa, soa
Grita arrependido, soa, soa
Centelhas e faíscas
Quem vai morder a isca?

Me encontre no redemoinho
Me abrace até o final
Vejo a flor, mas só sinto o espinho
Arranhando a voz do jornal
As gravatas tem cheiro de guerra
Chamam a desordem mundial
Minha força é pequena, mas berra
Por algum sentimento real
Por algum sentimento real

Ai de você, se sair da linha!

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