Vão
Canto cego
No ar se afoga em luzes e cor
Os olhos bambos rompem o breu
Os olhos bambos rompem o breu
Grita por seu lugar
Beija seu bem maior
Respira um pulmão
Quer preencher o vão
Os corpos fervem e nos persegue
Todo esse amor que arde sem doer
Na emoção de atravessar sem se perder de si
Jornadas longas eles vão construir
Conquistas turvas giram em espiral
Objetivos santos
Fúteis embalos tantos
Transtornos incessantes
Abrem no peito o vão
Os corpos fervem e nos persegue
Todo esse amor que arde sem doer
Na emoção de atravessar sem se perder de si
Pelo decorrer da condição
Nada é em vão
Se quer fortale(ser)
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