Carranza!

Sistema natural

Carranza!
A chama anda comigo, e não corro perigo
Entre o medo e o castigo, ao lado do inimigo
Passar o que passei, fazer o que eu fiz
Pelo caminho da verdade até chegar aqui
Alimentando o rei de toda insanidade
Queimando até a alma na fogueira das vaidades
Escolher entre as poeiras e prioridades
Liberdade, igualdade e necessidade

Para um gigante morto, um povo entorpecido
Andam falando demais, opressor, oprimido
Segue o discurso de ódio, segue na falta de fé
Eu vou buscando esperança pra me manter de pé
Quando acaba o amor, quando acaba o respeito
Já tem bezerro demais pra essa vaca sem peito
E o ego segue feliz, efeito miserável
Criação, ilusão, perfeita sustentável

Sobrevivendo num sistema natural
Eu passo um tempo bem, eu passo um tempo mal
Fé e esperança de chegar aqui
Liberdade, igualdade nos levam a seguir

Luz, câmera e ação agora broto no jogo
Carranza e pavilhão, silêncio precede esporro
Um menino de gorro, vai em busca do torro
Xenofobia não vira não rola, então desenrola
Guetofobia na vida, cê sabe o mundo da voltas
Trabalho e conquista, conseguir sua nota
Soldadinho de bota, sua chance é remota
Adolecscente armado, fugindo, correndo da rota
Da terra ao asfalto, de São Paulo ao nordeste
Esse rap tem vida que ele quase se mexe
O poder tá na mão sempre de quem não merece
Desviando milhão e a seca aí no nordeste
Terra improdutiva e você segue a deriva
Não cicatrizas as feridas, passagem só de ida
O povo foi traído, dormindo no barulho
Olha nós aqui de novo na porra do bagulho!
Sobrevivendo num sistema natural
Eu passo um tempo bem, eu passo um tempo mal
Fé e esperança de chegar aqui
Liberdade, igualdade nos levam a seguir

Sobrevivendo num sistema natural
Eu passo um tempo bem, eu passo um tempo mal
Fé e esperança de chegar aqui
Liberdade, igualdade nos levam a seguir!

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