Roçando as "viria"
César oliveiraDa indiada frouxa num tranco de vaca
Entrei de espora e chapéu requintado
E um mango colgado no cabo da faca
Caí na dança com a Tita Beiçuda
"Índia graúda" duns "trezento quilo"
E a Doralícia que pedia apojo
Se tapou de nojo quando viu aquilo.
Quase me "prancho" na volta da sala
Pisei no pala e me enredei na faixa
Senti que a Tita naquele embaraço
Arrancou um pedaço do cós da bombacha.
Mas na rancheira
Quando eu desembesto
Eu deixo o resto que se leve "à breca"
Naquele embalo "troquemo" de ponta
E quando me dei de conta
"Tava" só de cueca.
À oito soco gemia e roncava
Se chamarreava na rancheira potra
Saltava fogo e um clarão se abria
Quando eu tinia uma espora na outra
Mas de repente "tropiquei" de fato
Assim relato o fato "assucedido"
Foi sem querer, mas ninguém acredita
Me firmei na Tita e rasguei-lhe o vestido
Num golpe seco dei-lhe um rasgão farto
Bem sobre os quarto numa volta feia
E ali por causa daquele acidente
Já tinha gente querendo peleia
Mas na rancheira
Tudo se acomoda
Pelado é moda e o resto é bobage
"Varemo" a noite roçando as "viria"
E até parecia "causo do Bocage".
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