Pagando o preço
Comunicação racialMeu filho deus que lhe proteja a onde quer que eu esteja eu oro por você
eu adoro ver você sorrindo, seu sorriso faz de tudo eu esquecer.
Parte 1
Parceiro cola ai preciso desabafar realmente está difícil de viver neste lugar
fazer o que né se esse foi o destino traçado pra mim pois o descaso do sistema
acende o estopim, por quantas vezes eu tentei arrumar um emprego minha
familia me esnobando querendo dinheiro, me humilhando por um prato de
comida pensei comigo vou mudar a minha vida sempre sonhei em ter dinheiro
respeito na quebra ser um moleque de atitude temido na terra ter a carreta
de responsa pra tirar a onda como os moleques da quebrada que sempre apronta, eu to ligado que é fácil mais não vou me envolver não vou fazer minha justiça carregando uma pt,eu sempre pensei assim pois o crime não é pra mim até aquele dia o sente só 31 de dezembro vespera de ano novo eu estou devendo sem dinheiro no sufoco pois o natal já passou meu moleque perguntou "papai cadê papai noel" aquela cena me abalou destroçou meu coração irmão não dá não consigo recordar aquela fita me deixou neste lugar.
Refrão:
Parte 2
Daqui de cima eu observo o horizonte o vento bate em minha face enquanto o sol se esconde finalizando mais um dia na favela e eu aqui trancafiado nesta cela a noite chega e com ela a escuridão a neorose bate forte ta ligado irmão que eu não vou fugir daqui usando entorpecente então tá ciente o crime deixa marcas e pior que brasa quente que queima e deixa cicatrizes mano irreversiveis lembro que toda madrugada me bate uma saudade do meu tempo de infância a vida dura no gueto lembranças que o tempo não pode apagar nenhum maluco veio aqui me visitar você sabe como é quando se está por cima está cheio de colado sempre dizendo que contigo e lado a lado bobagem e tudo pilantragem uma pá de falsidade pois quando a casa cai irmão cadê você nenhum maluco vai poder te socorrer até parece que foi ontem que gritei é um assalto e hoje arrependido vejo o sol nascer quadrado.
Refrão:
Parte 3
Desde moleque fui criado por parentes sempre jogado largado ausente a minha mãe nem conheci morreu de parto no dia que eu nasci fatalidade ou ironia do destino talvez por isso eu segui esse caminho entre a cruz e a espada o féu e a navalha nessa vida bandida cruel e sofrida um jovem favelado se transforma em homicida eu to ligado que isso tudo não vai justificar minha cabeça não pensou irmão agora eu vou pagar um alto preço guardo na cela uma foto três por quatro do meu moleque com um sorriso estampado que me dá motivação faz de tudo eu esquecer e acreditar irmão que um dia eu vou vencer vários detentos várias historias sempre a mesma saga um caminho sem glórias denomina crime cenário de um filme irmão sem ficção onde quem morre e favelado preto pobre ladrão e o final e sempre o mesmo cadeia ou enterro mais antes que eu me esqueça ai parceiro valeu por me escutar .
Refrão: