Daniel, o invisível

Mapa astral (ou tudo ao revés)

Daniel, o invisível
Na pele
tem pintado
a sangue tracejos
de um mapa astral

Tais anjos
se esbaldam nas farças
que brilham nos olhos do
bom vedor

São mentiras que de perto
soam sublimes ao amador
(em meio a dor)

Quais falácias de tantas
poderiam sobreviver
sem se render
ao mal?

Pequenas,
suburbanas, morenas, alegres,
(ou tudo ao revés)

Secretam
sua peçonha
em mentes impuras,
mas tão banais

Se esvaem com o vento,
brincam com a sorte
e lhes roubam a paz
(ó pobre rapaz!)

Quais falácias de tantas
poderiam sobreviver
sem se render
ao mal?

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