Daniel, o invisível

Quarto escuro (ou cântico de despedida)

Daniel, o invisível
Já não me importa mais pensar numa vida,
nem nessas falácias de um além
Somos, sabes bem, carne viva
que corta, fere, sangra e sente dor,
a qual não é maior
que a partida, que teu cheiro no meu carro,
que a ferida que abristes em meu peito,
que o penar de estar longe de ti
Não faz sentido levar a vida assim

Chego num bar e todos que ali estão
percebem a tristeza em meu olha
Amigos solidários me pagam
um trago pra beber
e deixam em seus ombros
minha mágoa a escorrer
E vos digo que eu já não existo mais
Sem ela não me sinto tão capaz
de viver e almejar um futuro,
pois agora meu quarto é tão escuro

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