De um filho, de um cego

Não sai do papel

De um filho, de um cego
Talvez eu seja teimoso demais pra aceitar
As coisas como são.
É difícil entender que muito do que acontece,
Escorre pelas minhas mãos.

E eu aqui achando que a vida,
A vida dá voltas e tudo muda,
Mas sempre no final,
Eu paro no mesmo lugar.

Começar do zero é rotina.

Mas não é apontando os dedos
Que eu vou conseguir mudar.
Mesmo me achando perfeito,
Eu sempre tenho onde errar.

O sabor de um ego inflado
É tão doce quanto mel.
Mas o bem que eu quero, este sim,
Não sai do papel.

Encontrou algum erro na letra? Por favor envie uma correção clicando aqui!