Deau

Império dos sentidos

Deau
O modo como me olhas é de quem me ama às cegas
Adoro sentir o teu corpo quando tu te entregas
Só tu, para me fazeres sentir tão bem
Só contigo, em dueto, não há mais ninguém

O modo como me olhas é de quem me ama às cegas
Adoro sentir o teu corpo quando tu te entregas
Só tu, para me fazeres sentir tão bem
Só contigo, em dueto, não há mais ninguém

Esse modo sem modos
Corpos em posições opostas
Ambos procurando sinónimos
Anestesiando neurônios com propósitos próprios
Em sítios secretos com códigos descobertos ao tornar-nos próximos
Sequestro, aquela tua sequência fodida
Algema-me a alma, alma gémea, e a seguir improvisa
Enquanto a minha mão desliza
Pelo teu dorso até à tua lomba
E mexe-lhe como se tocasse acordeão com essa zona
Sei que estás de acordo, acordos dirão
A melodia com que gemes, repercussão da percussão
Manuseámos instrumentos sem qualquer instrução
Em modo nirvana pra parti-los no fim da actuação, come on

O modo como me olhas é de quem me ama às cegas
Adoro sentir o teu corpo quando tu te entregas
Só tu, para me fazeres sentir tão bem
Só contigo, em dueto, não há mais ninguém

O modo como me olhas é de quem me ama às cegas
Adoro sentir o teu corpo quando tu te entregas
Só tu, para me fazeres sentir tão bem
Só contigo, em dueto, não há mais ninguém

Esquece as notas da pauta, de joelhos no solo
Saca o saco, ó sacana, que eu quero um solo de flauta
Solta-te enquanto saltas, geme entre falas
Que eu sigo coordenadas
Subindo e descendo Himalaias
Até ao equador do teu corpo, aqueço os pólos
Pra que derretas e inundes esta parte do globo
Não percebi que jogo é esse
Onde, no fundo, damos tudo
Para ver quem chega em primeiro
Ganhamos em segundo
Mantém as pernas em posição nove e um quarto
Um quarto para as três
Tarde ou cedo, eu só cedo quando tu cederes
Se tem mais voltas, exaustão até perceberes que não caio
Sem dizeres que me amas, a trincar o lábio

O modo como me olhas é de quem me ama às cegas
Adoro sentir o teu corpo quando tu te entregas
Só tu, para me fazeres sentir tão bem
Só contigo, em dueto, não há mais ninguém

O modo como me olhas é de quem me ama às cegas
Adoro sentir o teu corpo quando tu te entregas
Só tu, para me fazeres sentir tão bem
Só contigo, em dueto, não há mais ninguém

Põe-te cómoda, faz chão, colchão e cómoda
Como hábito deixo-te em coma
Na forma mais informal que o corpo proporciona
Encaixa, pressiona, relaxa, impressiona
E baixa-te, ao fim da marcha, porque é assim que funciona
Dona com dom não condena
Coopera com quem dê na entrega a vida na íntegra
Ao partilhares de forma íntima, em ti
Não há nada que me intime
A não ser a forma mais informal
Com que a gente se partilha
E, nesta, é para deixar que eles saibam
A forma pura e honesta
De como a gente faz a festa
O que eles dizem não interessa, deixa-os fazer conversa
Quando acabar começa, bless ya

O modo como me olhas é de quem me ama às cegas
Adoro sentir o teu corpo quando tu te entregas
Só tu, para me fazeres sentir tão bem
Só contigo, em dueto, não há mais ninguém

O modo como me olhas é de quem me ama às cegas
Adoro sentir o teu corpo quando tu te entregas
Só tu, para me fazeres sentir tão bem
Só contigo, em dueto, não há mais ninguém

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