Sem classe
DeauDesafios são destinados, tu jogas com a mesma táctica
Didática a fórmula, enigmática e autónoma
Segue desvios no caminho cria a tua própria norma
A invenção é inovadora e leva o tempo necessário
Precoce na incubadora, activo sistema imunitário
Contrator de vigarista, pseudoartista
Que à primeira vista trago complexos de forma ilusionista
Não faço truques, relato veredicto dos factos
Não sou encenador em escrita, nem personagem nos palcos
Metes trampolim nas linhas mas as rimas não dão saltos
Escrevo letra sobre letra para atingir níveis mais altos
Nestes campos há quem bomba, a maioria faz sombra
Mas sempre que a luz se apaga a autoestima deles tomba
Neste processo, uso a inspiração como doutrina
A criação é como o bom ouvinte, com o tempo refina
Sem classe a tática, estática, abate-a
Procura a versática rítmica
Em vez da química, mimica, estética lírica,
Métrica, empírica
Evita a satírica crítica, cínica da cina artística (x2)
Sem sentido, não há incentivo, esse é o motivo
Sonho teso, não entendo, eu tento manter-me vivo
Sonho alto mas com os pés bem assentes no solo
Sigo, não me colo, ate que me possam levar ao colo
Expectativa estabelecida, batida que activa a rima activa
Criativa contida num acto que a dispensa divida
Risco no que redijo insisto, a distância do absurdo
É a importância do conteúdo, e a relevância disso tudo
Tu vê se procuras, torturas, maturas e se te asseguras
Que duras não apenas por duas alturas
Saturas cada vez que pensas que com ideias suspensas
Que condensas, que podes levar avante as tuas crenças